quarta-feira, 19 de junho de 2013

Como foi a Jornada Cultural

Nos dias 8 de 9 de junho aconteceu a Jornada Cultural em Santo André, com uma ampla grade de atividades culturais de todos os tipos, espalhada por vários espaços da cidade.
Muita coisa rolou ao longo dos dois dias. No prédio da Biblioteca Nair Lacerda, a arte-educadora Thina Curtis, à frente de sua Fanzinada, trouxe ao evento exposições de ilustradores, distribuição de fanzines, oficina de quadrinhos e grafite com o grupo Chroma, de literatura criativa com Fernanda de Aragão, palestra sobre publicações independentes com o escritor e poeta Escobar Franelas, e a exibição do documentário Fanzineiros do século passado.
A colheita de fanzines foi ótima. Consegui as revistas de quadrinhos Crônicas de Piápolis, de Alexandre Garcia, e Bandeirinha, de Thiago Silva, ambas publicadas pelo Projeto Chroma. E também os novíssimos fanzines Unknown Pleasures e Spell Work Especial, ambos de Thina Curtis, e Pau de Arara, com hqs de cangaceiro de Leandro Gonçalez.
A Biblioteca também organizou atividades bacanas, como sessões de contação de histórias com Paula Knoll, caricaturas ao vivo com o cartunista Humberto Pessoa e, o ponto alto do evento, uma palestra com o quadrinhista Francisco Marcatti, que deu uma aula de editoração.
Por minha vez, participei da programação com duas oficinas de desenho para crianças nas quais trabalhei com os personagens famosos da tv e dos quadrinhos, elaborando passo a passo a construção de figuras como Garfield, Mickey, Tio Patinhas, Batman, Turma da Mônica, Chalie Brown, Club Penguin, Hora de Aventura e outros. O legal é que não foram só crianças que curtiram, muitos adultos também se divertiram com a atividade pois, afinal de contas, o prazer de desenhar não tem idade. E a gente sabe que a coisa bombou de verdade quando tem que parar a oficina para tirar fotos com o Secretário de Cultura da cidade.
O evento foi muito bom e acredito que atingiu todos os seus objetivos, mas também serviu como ensaio para a Fanzinada que vai acontecer no mesmo local no próximo dia 13 de julho, em meios às comemorações do Dia do Rock. Reserve essa data na agenda que, certamente, vai ser muito legal. De novo.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Agenda: SBC Geek reload

Domingo, dia 30 de junho, acontece a terceira edição do SBC Geek, encontro mensal de fãs da cultura nerd em São Bernardo do Campo/SP.
As atividades iniciam-se às 12h, com a exposição Dreamland (apoio da Fundação Japão), com cartazes raros de mangás e animes que mudam a cada evento. Também haverá mesas de RPG coordenadas pelo mestre Leite, espaços dedicados aos jogos de tabuleiro, ao colecionismo de brinquedos, quadrinhos, consoles, fanzines etc (apoio do site Gueek), aos cosplayers (com fácil acesso para troca de roupas), além de exibições de animes e seriados (apoio Trekker ABC).
A programação terá, às 13h, exibição de 300, de Zack Snyder, boa adaptação para o cinema da hq de Frank Miller, repleta de efeitos especiais. Simultaneamente, o guitarrista Fernando Loko apresentará, ao vivo, um divertido repertório de músicas dos animes e videogames. E, às 15 horas, palestra com o quadrinhista e editor Thiago Spyked, que vai falar sobre sua experiência à frente da Editora Crás.
O SBC Geek acontece no Centro Cultural do Bairro Baeta Neves (Praça São José, s/nº, São Bernardo do Campo, tels. 4125-0582; 4336-8239).
A entrada é franca.

Perdidos no planeta dos macacos

Saulo Adami, conhecido como o fã número 1 da saga O planeta dos macacos no país, está com um livro novo na praça. Em parceria com o quadrinhista Angelo Júnior, publicaram Perdidos no planeta dos macacos, com quadrinhos e contos inspirados nessa conhecida saga, originariamente produzidos nos anos 1990 para o fanzine Century City News.
Trata-se de um trabalho histórico, que resgata este importante fanzine brasileiro, além de ser uma linda homenagem ao trabalho do escritor francês Pierre Boulle (1912-1994), autor original da saga dos símios.
O livro tem 85 páginas e está sendo comercializado através do saite da editora Clube de Autores, em versão impressa e digital.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Nemo para crianças

Ainda que o foco principal da Editora Nemo seja o quadrinho sofisticado, em edições de luxo, o editor Willington Srbek tem se esforçado em ampliar o espectro de propostas publicando trabalhos voltados ao público infantil. Este é o caso dos álbuns Força Animal e Monstros e heróis.
Força Animal investe num grupo de super-heróis adolescentes, criação do próprio Srbek com os competentes desenhos de Kris Zullo, frequente colaborador da revista Recreio. O álbum narra a origem do grupo, formado por jovens atletas que são convocados pela mística Árvore da Vida para enfrentar o Lorde Decano, vilão que usa criaturas constituídas a partir da poluição humana para dominar a natureza. A história é simples e não vai muito além da distribuição dos poderes aos personagens. O líder Jonathan recebe o amuleto Jaguaruna, que lhe confere supervelocidade e camuflagem; Helena recebe o amuleto Harpia, com os poderes de voar e lançar raios; Tales recebe o amuleto Tatu, que lhe dá garras afiadas e uma couraça invulnerável, e Arthur, o mais jovem do grupo, recebe o amuleto Aruanã, podendo nadar como um peixe e manipular a água. Não se explica muito bem o que vêm a ser a Árvore da Vida e quais as motivações de Lorde Decano, o que torna a história um tanto banal e previsível.
Monstros e heróis faz parte da coleção Mitos Recriados em Quadrinhos, que já conta com quatro volumes publicados: Ciranda Coraci (sobre mitologia indígena brasileira), O senhor das histórias (mitologia africana) e Das areias do tempo (mitologia egípcia). Monstros e heróis inspira-se em mitos gregos muito conhecidos, como a luta de Hércules contra a Hidra de Lerna, de Ulisses contra o Cíclope, de Belerofonte contra a Quimera e Édipo contra a Esfinge, que são relatados por um senhor idoso à um jovenzinho apaixonado por histórias de super-heróis. O roteiro também é assinado por Srbek, com desenhos do cartunista Will, que ilustra todos os demais volumes da coleção.
Tanto Força animal como Monstros e heróis têm as mesmas características editorais, com apresentação luxuosa, 24 páginas em cores impressas em papel brilhante de alta gramatura e capas em cartão plastificadas. A ampliação exagerada das ilustrações sugere que as histórias talvez tenham sido originalmente planejadas para compor uma publicação de formato bem menor. Ampliadas para seguir o padrão dos demais álbuns da editora, ficaram deselegantes, ressaltando deficiências que passariam despercebidas no formato reduzido.
O custo de R$14,90 para Força animal e de R$19,00 para Monstros e heróis são mais acessíveis se comparados às demais publicações da editora, mas ainda parece um custo salgado para o leitor infantil.

Shakespeare em quadrinhos

Quando se fala em literatura, em qualquer parte do mundo, o trabalho do dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616) é logo lembrado. Autor de alguns dos mais significativos textos da literatura ocidental, o também chamado Bardo fez sua fama com peças populares, cheias de ambição, traição e vingança. Toda a produção dramática angloamericana faz referência, em maior ou menor grau, à obra shakespeareana, e muitas outras culturas também, visto que todos consideram que Shakespeare simplesmente contou todas as histórias possíveis.
Há alguma polêmica sobre a real autoria do Bardo sobre suas obras. Muitos dizem que ele apenas deu dignidade artística a histórias que já circulavam em tradição oral, inclusive vindas de outras partes da Europa, mas isso não diminui a importância da obra, que influencia todas as artes dramáticas até os nossos dias.
Por isso, não é de surpreender que a Nemo, selo editorial do Grupo Autêntica que ao longo dos últimos dois anos construiu um invejável catálogo de história em quadrinhos de luxo, tenha investido na coleção Shakespeare em Quadrinhos, com adaptações de boa qualidade feitas por artistas brasileiros.
A coleção conta com cinco títulos publicados: Romeu e Julieta, Otelo, Sonhos de uma noite de verão, A tempestade e Macbeth, dos quais os dois últimos me chegaram às mãos, juntamente com Hamlet, que parece não fazer parte da coleção oficial.
A tempestade conta a história de Próspero, Duque de Milão, que junto com sua filha Miranda foi exilado numa ilha depois de ser traído por seu irmão, que usurpou suas propriedades. Sendo versado nas artes ocultas, Próspero conseguiu cooptar o serviço das criaturas mágicas que ali habitavam, tais como o monstruoso Caliban, e Ariel, o espírito do vento que fora aprisionado na ilha pela bruxa Sicorax. Depois de anos de exílio, Próspero usa os poderes de Ariel para fazer naufragar um navio e trazer à terra os seus tripulantes, justamente aqueles que haviam conspirado contra ele no passado. Ao lado de Sonhos de uma noite de verão, A tempestade é considerado um dos textos mais fantasiosos do Bardo e ecos de seu enredo podem ser percebidos, por exemplo, no popular seriado de televisão Lost. A adaptação ficou a cargo do roteirista Lillo Parra e do ilustrador Jefferson Costa, que foram extremamente felizes em suas escolhas. O texto enxuto e coloquial lê-se com prazer, e os desenhos têm um estilo moderno e despojado, com muito movimento e um colorido intenso que remete à natureza exuberante da ilha. Este é o segundo trabalho de Parra para a Nemo, uma vez que ele também fez o roteiro da adaptação de Sonhos de uma noite de verão, publicado na mesma coleção. Jefferson Costa é um velho conhecido dos leitores, tendo participado de coletivos importantes como os álbuns Quebra Queixo Technorama, Front e Bang Bang.
O segundo álbum é Macbeth, herói de guerra que recebe de antigas bruxas a profecia que um dia se tornará rei. Ao relatar o acontecido à sua ambiciosa esposa, Macbeth é incitado por ela a dar uma "ajudinha" ao destino, assassinando o rei e seus descendentes. O plano dá certo, mas a culpa por essa e outras traições necessárias à manutenção do poder vai, aos poucos, minando a moral e a sanidade do casal. Este trabalho tem o ótimo texto de Marcela Godoy, escritora experiente, autora dos romances Relato da queda de um demônio e Liah e o relógio. Como roteirista de quadrinhos, Marcela tem no currículo os álbuns Fractal e A dama do Martinelli, bem como a adaptação de Romeu e Julieta, também publicada na coleção Shakespeare em Quadrinhos. Os desenhos, um pouco mais realistas e comedidos que no álbum anterior, mas ainda assim cheios de estilo, são de Rafael Vasconcellos, um jovem artista do Espírito Santo, também é conhecido como Abel na minissérie Ditadura no ar. As cores são neutras e sóbrias, contribuindo com o clima dramático da história.
Fecha o conjunto, a tragédia incestuosa Hamlet, que relata a decadência moral da família real dinamarquesa depois que o rei é assassinado pelo próprio irmão, que lhe usurpa o trono e a rainha. Hamlet, o príncipe herdeiro do falecido rei, recebe do fantasma de seu pai a revelação do crime do tio e, a partir disso, elabora um plano de vingança contra ele e sua mãe, caindo num estado de compulsão monomaníaca que o torna no novo alvo do usurpador. Esta história tem algumas das frases mais famosas da obra shakespeareana, como "Há algo de podre no reino da Dinamarca" e "Ser ou não ser, eis a questão". O roteiro é assinado pelo próprio editor da Nemo, Wellington Srbek, quadrinhista experiente e premiado que optou por manter no texto um estilo similar ao da obra original, com uma sintaxe floreada que infelizmente interfere demais na fluidez narrativa. Os desenhos são do ilustrador editorial Alex Shibad, num estilo natural e minimalista, remetendo à cenografia de uma montagem teatral que, somado ao texto rebuscado, faz os personagens parecerem sobreinterpretar. Se tal textura foi decisão consciente dos autores para emular a experiência dramatúrgica, o resultado foi atingido, mas a leitura não é fácil. Embora mantenha os mesmos contornos gráficos, este álbum não se assume como parte da coleção Shakespeare em Quadrinhos.
Assim, a Nemo facilita, ao público dos quadrinhos, acessibilidade aos textos shakespeareanos, iluminando o seu valor, o que talvez motive os leitores à busca pelos textos originais que também devem ser conhecidos, uma vez que a leitura da adaptação não substitui, de forma alguma, a experiência com o texto original. Esperamos que seja bem sucedida.

QI 121

Está circulando o número 121 do fanzine Quadrinhos Independentes - QI, editado por Edgard Guimarães, publicação de referência dedicada a estudos e levantamentos historiográficos e bibliográficos sobre a Nona Arte, principalmente no que se refere a publicação alternativa nacional.
A edição traz, em 28 páginas, artigos sobre o personagem Sepé Tiaraju e suas múltiplas encarnações; sobre a revista Far-West da Editora Graúna; sobre a franquia Smilinguido; um relato sobre III Ugra Fest Zine realizado em São Paulo em abril último, sobre as publicações alternativas de Gonçalo Silva Júnior; mais as seções "Mistérios do colecionismo", "Fórum", "Mantendo contato" e "Edições independentes", além de tiras do Palhaço Sacarrolha, por Primaggio, e mais quatro páginas da novela gráfica "Rolando Duque - Assistência Técnica", do editor, que também assina uma página com os cartuns "Poeta Vital" e as tiras que ilustram a capa. A edição encarta mais duas lâminas da série Cotidiano Alterado e o caderno Reflexos sobre imagem e cultura: A imagética na memória ou a estruturação da psique criativa infanto/juvenil por meio do panvisual, com 8 páginas de um estudo do acadêmico Gazy Andraus.
O QI é distribuído unicamente por assinaturas. Mais informações com o editor pelo email edgard@ita.br.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Megalon 24

O editor Marcello Simão Branco liberou mais uma digitalização de seu histórico fanzine Megalon, desta vez a edição 24, publicada originalmente em janeiro/fevereiro 1993, com 32 páginas de muito conteúdo interessante.
Os contos deste número são assinados por Miguel Carqueija e Carlos Orsi – que naquele tempo ainda assinava o sobrenome Martinho –, artigos de Jorge Calige e Gerson Lodi-Ribeiro, a lista dos habilitados ao Prêmio Tapìrài 1993, resenhas de livros por Carqueija e Orson Scott Card, uma homenagem aos 75 anos de Arthur C. Clarke, notícias e divulgação da cena do fandom naqueles tempos dourados, e uma improvável entrevista com este que vos escreve, que também assina a ilustração da capa.
O arquivo em pdf pode ser baixado gratuitamente aqui. Pegue o seu.

Neblina e a ninja

Está disponível para leitura gratuita no saite Recanto das Letras a novela de fantasia "Neblina e a ninja", um dos mais lembrados textos do escritor carioca Miguel Carqueija, autor dos livros Farei meu destinoO estigma do feiticeiro negro (com Melanie Evarino).
A aventura une ficção científica e super-heróis, e foi primeiro publicada nos anos 1990 no extinto fanzine Megalon; desde então, estava  indisponível para leitura.
Diz a sinopse: "Num distante futuro, após grandes catástrofes e mudanças climáticas que atingiram a superfície do planeta, a civilização tornou-se subterrânea, recriando em grandes bolsões internos as nações outrora existentes na superfície. Imensas torres energéticas foram projetadas para obter, através de cristais especiais, a energia solar necessária para sustentar a humanidade em sua nova morada. Entretanto, bandos de piratas desse futuro assolam a civilização e fazem o possível para se apoderar dos cristais, e por isso as torres energéticas são super-protegidas. Um avançado Estatuto dos Superdotados garante a certas pessoas privilégios especiais, para se movimentarem nesta civilização subterrânea. Um dos privilégios é o uso de máscara por parte de agentes sigilosos com missões especiais".
Vale a pena experimentar este que é um dos melhores textos desse autor.

Juvenatrix 148

Está disponível a edição 148 do fanzine de horror Juvenatrix, editado por Renato Rosatti, um dos mais antigos fanzines brasileiros em publicação regular.
A edição homenageia os 100 anos do ator britânico Peter Cushing – com direito à filmografia –, traz em suas 26 páginas, entre notícias e divulgação de produções alternativas, contos Michael Kiss, Marcelo Milici e E. R. Corrêa, resenhas de cinema fantástico por Marcelo Milici, artigos sobre bandas de metal extremo, e uma seção especialmente dedicada à memória do técnico de efeitos especiais Ray Harryhausen, recentemente falecido, com um ótimo artigo de E. R. Corrêa, e outro de Cesar Silva – justamente a reprodução do post publicado aqui. A capa tem uma ilustração de Mario Labate – outra lenda dos fanzines brasileiros.
Juvenatrix é publicado em formato pdf e distribuído gratuitamente por email, bastando solicitar ao editor em renatorosatti@yahoo.com.br.

Clóvis Garcia (1921-2012)

Autor identificado com a chamada Primeira Onda da Ficção Científica Brasileira, Clóvis Garcia foi muito mais conhecido por sua atuação no teatro, arte na qual investiu a maior parte de sua vida, sendo cenógrafo, figurinista e ator.
Clóvis Garcia nasceu em 1921, na cidade de Taquaritinga/SP. Interessou-se por teatro desde a infância, depois de assistir um espetáculo da companhia do ator Procópio Ferreira em sua cidade natal. Em 1938, veio para São Paulo estudar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, mas interrompeu os estudos para alistar-se como expedicionário do Exército Brasileiro, indo lutar na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Participou das batalhas de Monte Castelo, onde foi ferido por estilhaços de uma bala de canhão. Depois de um período no hospital, voltou a ativa e participou ainda da sangrenta batalha de Montese.
Retornou vitorioso ao Brasil e retomou os estudos na São Francisco, tendo se formado em 1942. O autor Paulo Autran foi seu colega de classe e tornaram-se sócios num escritório de advocacia. Ambos participaram de espetáculos montados na faculdade e começaram no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Autran seguiu a carreira de ator, e Garcia, a de cenógrafo.
Garcia exerceu, por muitos anos, a função de crítico teatral na revista O Cruzeiro e nos jornais A Nação, O Estado de S. Paulo e no Jornal da Tarde, e esteve entre os fundadores da revista Teatro Brasileiro, do Grupo de Teatro Amador - GTA e da Federação Paulista de Amadores Teatrais. Foi professor no curso de bacharelado em Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA-USP, tendo recebido em 1999 o título de Professor Emérito.
Além de diversos ensaios em livros e publicações especializadas em teatro, Clóvis Garcia foi um autor de ficção científica bastante ativo durante os anos 1960. Teve textos publicados nas principais antologias de seu tempo: "O estranho mundo" (Antologia brasileira de fc, GRD) "O paraíso perdido" (Histórias do acontecerá, GRD) e "O Velho" (Além do tempo e do espaço, EDART), além dos contos "O estranho", "O inimigo" e "A invasão", publicados no Magazine de ficção científica da editora Globo.
Debilitado por causa de uma queda e por uma pneumonia, Garcia morreu em São Paulo no dia 27 de outubro de 2012, aos 91 anos de idade.