quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nas livrarias

Os quadrinhos também chegam às livrarias. De fato, têm chegado mais a elas do que às bancas. E, de uma forma geral, os quadrinhos de livraria têm sido mais relevantes do que os mais populares. Estes lançamentos, por exemplo, são a papa fina da arte.
Metrópolis, publicado pela editora NewPop, é um volume encadernado com um dos primeiros trabalhos do saudoso i
lustrador japonês Osamu Tezuka (1928-1989), publicado originalmente em 1949. Conta a história de um menino robô que é o centro das atenções de uma espécie de máfia do futuro. A partir dessa obra, Tezuka desenvolveu alguns de seus maiores sucessos editoriais, como Astroboy e A princesa e o cavaleiro. Metrópolis também é uma obra extremamente significativa porque foi a partir dela que o quadrinhos japonês desenvolveu sua estética moderna, tão popular no mundo inteiro. O álbum tem 168 páginas e custa R$24,90.
Outro clássico que chega às livrarias é Flash Gordon, com as primeiras pranchas do
personagem ilustradas por Alex Raymond (1909-1956), publicadas entre 1934 e 1936. Trata-se da primeira investida da Editora Kalaco nos quadrinhos, e o projeto pretende repetir o que a extinta Editora Brasil-América implementou na década de 1970. É um livro enorme (36x27cm), no formato horizontal, com capa dura e 138 páginas. Seria legal se a edição agregasse algum valor ao trabalho da EBAL, por exemplo, publicando as pranchas com seu colorido original. Pelos R$119,00 que custa - quase R$1,00 por página! -, isso bem poderia ser possível, mas eu não tenho muita esperança. O volume será lançado na Bienal do Livro de deve chegar às livrarias em seguida.
Mas a grande novidade é mesmo a chegada, pela Devir Livraria, de mais uma sequência da ficção alternativa de Allan Moore e Kevin O'Neill A Liga Extraordinária, Século: 1910. É o primeiro volume de três, que vai avançar a trama ao longo do século XX. A edição tem 96 páginas em cores e será disponibilizada nas versões com capa dura (R$46,00) e capa cartonada (R$35). Pena que a série fica agora com uma falha no Brasil, uma vez que o volume anterior, Black dossier, publicado nos EUA em 2007, não foi publicado aqui.

2 comentários:

  1. César, se ainda não conhece te recomendo o Fracasso de Público, lançado no Brasil pela Gal Editora. Gostei muito da arte e do texto de Alex Robinson, e a metalinguagem cai muito bem como trama para uma HQ!
    Abraço!

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  2. Oi, André, que legal ter você aqui.
    Obrigado pela dica. Não conheço essa HQ, vou procurar.
    Grande abraço.

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